sábado, 9 de junho de 2018

Alpes e Halle tennis 2018


Impossível dizer que uma viagem é melhor que a outra, cada uma tem seus encantos, suas histórias, uma bagagem de emoções junto.

Essa foi mais uma, simplesmente ESPETACULAR ! Conseguimos em uma só viagem conciliar paixões: Europa, Alpes, moto, tênis, gastronomia...

Como sempre, um ano de pesquisas e organizações, afinal foi bastante coisa, 06 países em 15 dias,  1200km de moto pelos Alpes, depois de carro mais 2100km. Programar a logística disso não foi fácil, mas amo fazer isso. Toda viagem tem três viagens: preparação, execução e recordação...

Mas não pense que foi uma viagem corrida, longe disse, muito tranquila, bem aproveitada, como vocês vão poder curtir a seguir.


Rosa foi de moto, vermelho de carro.

Saímos de Blumenau no dia 09/junho, época em que gostamos muito de viajar, dias muito longos na Europa, 5h da manhã já tem sol e escurece depois das 22h, assim se aproveita muito do dia.
Fomos até Florianópolis e aproveitamos para almoçar com nosso filho Lucca que estava participando de um torneio de tênis da FCT (Federação Catarinense de Tênis), depois começamos a "via sacra" de aeroporto, Floripa, Guarulhos, Zurich, Munique, pela Swiss Air.


Chegando no aeroporto de Munique já começamos a ter uma ideia do que é esse país, fantástico, que organização, estrutura, cultura, história. O aeroporto fica 40km do centro da cidade, simples com as linhas perfeitas de trem e metro. Em 45min estávamos na estação central de Munique a Hauptbahnhof. Como era meio dia aproveitamos na estação mesmo, que mais parece um shopping de luxo comer alguma coisa. Eu fui de Goulashsoup e a Mi de porco assado.


Dali foi uma andada rápida até o hotel que ficamos nesse primeiro dia, muito legal, temático dos Alpes, o elevador imitava um bondinho e conforme subia e descia nas paredes umas tvs simulavam a paisagem se movendo junto, muito legal.

Tomamos um banho, descansamos um pouco e depois fomos dar uma volta.

Marienplatz

Cervejaria Augustiner desde 1328

Voltamos para o hotel, ainda tomamos mais uma cerveja no jardim externo e depois fomos descansar pois no outro dia o "bicho ia pegar".

Acordamos cedo, pegamos as malas todas e fomos para a estação HB tomar um café e pegar o trem até a cidade vizinha de Erding, onde aluguei a moto.

Todos os 05 inesquecíveis dias pelos alpes de moto relato no meu blog de viagem de motos www.pietropaladini.com.br, então peço que aqui nesse ponto vocês cliquem no link ao lado e curtam esses dias, depois voltem aqui hehe



Demais né !!! Realmente foi a realização de um sonho pilotar por aquelas curvas.
Bom, depois de deixarmos a moto em Erding, retornamos para Munique e agora fomos para o Hotel Ibis. Organizamos as coisas e já saímos para passear.
Na frente do hotel pegamos um trem de superfície que nos levava até a estação do metro, e pronto, tudo perto e rápido.

Nossa missão era encontrar o melhor Wiener Schnitzel de munique, que já tínhamos pesquisado. Aproveitamos para andar um pouco pela cidade, belíssima.

Essa rio ali, o pessoal costuma surfar em suas ondas... mas não tinha ninguém nesse dia, afinal era dia de semana.




A quantidade de bicicletas nas cidades é algo incrível, é um dos transportes principais do pessoal, até por que é plana e fácil de se locomover pelas intermináveis ciclovias.



O pequeno restaurante, bem jovial, fica na Steinheilstraße 16, e não deixem de ir, vale cada mordida. Pedimos um único schnitzel e comemos muito, é gigante e delicioso.


Gordos e felizes voltamos para o hotel descansar.
Na manhã seguinte, dia 16/junho era niver da Mi (nada mal os aniversários dela né...). Nesse dias programamos uma visita diferente, ao mesmo tempo pesada, triste e por outro lado uma forma de celebrar a vida sem reclamações, fomos visitar o Campo de Concentração de Dachau.

Pegamos o metro até a cidade de Dachau, coisa rápida 20 km e de lá se pega um ônibus até o centro de visitas.

Só uma gigante parte está aberta ao público, as demais instalações do antigo campo são prédios usados pela cidade.



Fornos de cremação

  
O Trabalho Liberta                                 Uma das capelas

Primeiros fornos de cremação


Ok, acho que já deu pra entender como era pesado por lá. Tem ainda o museu com muitas fotos e objetos etc. É, o ser humano é capaz de coisas realmente ruins, mas também de boas, fé na humanidade sempre.

Dali voltamos para o centro da cidade, na Marienplatz para comer alguma coisa. Estava lotada, festa e show, todos curtindo muito. Pegamos um "hot dog" bávaro acompanhado batata doce frita e  cerveja, perfeito !



Depois fomos conhecer o museu da BMW  e a loja conceito BMW Welt, muito legal, principalmente para quem curte muito tudo isso.




Logo ao lado fica o Olympiapark, erguido em 1972 para os jogos olímpicos de Munique. Hoje é utilizado para inúmeras atividades, e aquilo bomba.



Trem de superfície

A noite, mesmo ainda claro, fomos jantar no Haxnbauer im Scholastikahaus, que é considerado o mais tradicional e gostoso joelho de porco de Munique. Bom, mas não ótimo, é gigante, joelho junto com canela, pedimos um cortado em dois e mesmo assim não conseguimos comer todo, poderia estar mais suculento. Nada mal pra comemorar o niver da Mi.



Aqui começa outra etapa da viagem ! Deixamos Munique e fomos com a bagagem toda para o aeroporto, mas para alugar o carro que tinha reservado (as tarifas de nos aeroportos são sempre mais baratas).


Começamos bem, com uma surpresa. Eu tinha reservado uma Mercedes, achei que seria legal andar de Mercedes pela Alemanha hehe Chegando lá não tinha mais Mercedes, então ganhei um pequeno upgrade... BMW 540M, de 340cv, zeradinha. Que carro, além da potência, a tecnologia.


Allianz Arena do Bayern de Munique

Tínhamos dois destinos nesse dia (210km total no dia), um deles foi o Zugspitze, a montanha mais alta da Alemanha. Fica perto de Garmisch-Partenkirchen, já na fronteira com a Áustria.



Subimos de bonde os seus 2962m de altitude.
Do cume vê-se quatro países: ao longe vê-se Munique, Alemanha; o Grossvenediger na Áustria; o Piz Bernina na Suíça, e os Dolomitas na Itália, mas estava um dia bem fechado, na subida pouco vimos, depois abriu um pouco e aí ficou mais indo ainda.




eta...

Existe uma pequena escalada para os que não tem medo de altura, chegando ao topo da pedra com o monumento. Sem nenhum equipamento, pedra e gelo, eu fui. Mas confesso que mesmo com meu razoável preparo físico, tive tontura e falta de ar, por isso cuidado quem quiser arriscar também.


a casa mais alta da Alemanha



Dali fomos para o segundo destino do dia, conhecer o Schloss Neuschwanstein, o Castelo do Rei louco.

Luís II da Baviera, Ludwig II, apelidado de "Rei Cisne" ou "Rei de Conto de Fadas" ou "Rei Louco", foi o Rei da Baviera de 1864 até ser deposto três dias antes de sua morte. Era o filho mais velho do rei Maximiliano II e sua esposa a princesa Maria da Prússia. Um dia antes de sua morte foi deposto e preso e sua morte foi um mistério que até hoje não foi solucionado.


Schloss Hohenschwangau


Alpsee (lago)


  

Não é permitido tirar fotos dentro do castelo, mas vale a visita, é muito interessante, excêntrico na real.
Fomos para Fussen onde dormimos naquele dia. Uma volta na cidade e depois por indicação jantar no Madame Plüsch. Uma residência de época graciosamente decorada, comida deliciosa em um ambiente especial.

Fussen



   


Depois de tomar o café uma padaria, adoramos fazer isso para conhecer a gastronomia local, passamos em mercado para comprar frutas, frios e queijos, assim fomos fazendo lanchinho pelo caminho que foi no total 340km. Vale lembrar que na Alemanha boa parte das estradas são autobahn, e boa parte com velocidade livre.


Paramos em linda cidade no caminho, Nördlingen. Também medieval, com portas de entradas e linda arquitetura. Na real eu parei ali pois tinha pesquisado sobre ela e duas curiosidades me levaram até lá: a cidade foi construída em uma cratera de meteoro e com o impacto nas pedras se formaram micros diamantes. Assim a cidade foi construída com toneladas de diamantes em suas paredes.
Não é algo visível com achei que fosse, nem a cratera, pois a cidade parece bem plana.
Mas isso não tirou sua beleza e peculiaridade.


Almoçamos por ali mesmo e depois demos uma volta por ela.




Próxima parada foi em Bamberg, outra linda cidade. Chegamos e fomos procurar uma lavanderia para deixar umas roupas, confesso que foi uma missão bem difícil, não é algo comum por lá. Uma delas era de auto atendimento, não deu certo pois todas as instruções eram em alemão e eu não estava a fim de ficar traduzindo, então optamos por uma convencional.

Enquanto esperamos a lavação e secagem fomos dar uma volta no centro da cidade.



Aproveitamos que ainda tínhamos um lanchinho esperto, compramos uma cerveja nacional e na orla do rio Regnitz curtimos mais esse momento.



O hotel também bem agradável. Legal comentar que reservei tudo pelo booking e realmente só tivemos surpresas boas, os hotéis foram acima das expectativas. Depois de descansar um pouquinho, muito bom isso, fomos jantar.



O café da manhã do hotel estava maravilhoso, bem caseiro, delicia. Fomos para um dos pontos altos de nossa viagem, Halle, no norte da Alemanha onde assistimos o torneio de tênis.
No caminho hora da Mi experimentar a máquina... ela passou dos 200 km/h também.




Apesar da distância do dia, 390km, acabamos chegando mais cedo que o esperado, a estrada perfeita ajuda, então fomos direto para o estádio Gerry Weber. Depois de conseguir estacionar quase fora da cidade, aquilo estava uma loucura.

Senta que lá vem a história: nosso sonho (mais um) era ver o Federer jogar e é claro os outros top 10 que estavam nesse torneio que é pré Wimbledon, na grama. Comprei com muitos meses de antecedência os dois ingressos, em boa posição e achei até consideravelmente barato, €90,00, para uma segunda rodada. Como é torneio de uma semana só, achei que certamente veríamos o Federer jogar.  Aí veio o golpe de sorte, como chegamos um dia antes consegui dois ingressos para o dia todo (torneio iniciava 12h) por €54,00, e nesse dia o Federer já jogou as 15h, e não jogou na quarta que era o dia dos meus ingressos iniciais... Ufa !!!


Nesse dia também jogou o alemão Zverev que acabou perdendo para o Coric, que foi o campeão do torneio batendo o Federer.
O local é um parque de diversão para quem gosta, lojinhas, muita comida e bebidas boas e com preço normal, sem abuso, diversão garantida.

Roger Federer, no. 01


Mais a noite fomos jantar na pequena e charmosa Bad Rothenfelde.

Extração de sal

Lá fomos no Restaurant Dalmatien, lá fomos atendidos pelo Valentino, um Croata que nos contou muitas coisas, como falava... Seus pais eram os cozinheiros, o pai com 71 anos que cozinhava. Ele ia casar em breve e sua noiva estava esperando um menino, Luca. E era amigo de um jogador de tênis, como ele disse: que joga mais ou menos, ok Struff hahahaha

A comida estava deliciosa, o lugar também muito agradável, valeu.


Para nossa surpresa, também existe problema de internet na Alemanha, não pegava 3G (era mais um 0,3G) e no hotel wifi também sem sucesso, quase dois dias detox.

Minha italiana disfarçada de alemã

No outro dia voltamos para ver os demais jogos, entre os principais do nosso brasileiro Marcelo Melo nas duplas, onde ganhou esse jogo e também o torneio junto com o Kubot, e mais tarde vimos o Thiem, que também perdeu. No torneio assistimos, Nishikori, Kohlschreiber, Tsitsipas, Gasquet, Souza e outros.

Marcelo Melo, campeão de duplas

Quando terminou os jogos do dia fomos para um mercado comprar uma coisas, missão difícil, pois dá vontade de trazer o mercado junto na bagagem. As cervejas mesmo é uma ignorância de baratas.
A noite jantamos no hotel mesmo, por sinal muito gostoso em um espaço externo pra lá de agradável.

No outro dia depois de um café da manhã de rei fomos para a estrada, nesse dia 600km.



Nosso destino, Colmar, região da Alsácia, França.

Na França

Chegamos na França justo no dia em que a França estava jogando pela Copa do mundo de Futebol, foi muito legal, todos os bares bem cheios e muita torcida. Também era o primeiro dia oficial do verão e o dia da música.


A cidade não dá muito pra expressar sua beleza, as fotos vão dar uma boa ideia, mas tenha certeza de que é ainda mais especial.

La Petite Venise




 



A noite reservamos uma mesa no Le Fer Rouge, por indicação da Dóris e o Robson nossos amigos, que disseram que foi o mais gostoso joelho de porco que comeram na vida... fomos lá comprovar !
Pedimos um joelho e um schnitzel de vitela, caraca, o joelho é realmente algo de inacreditável, ele tem o pururuca caramelizado com mel e especiarias, sensacional.

  



lindas...


E a viagem continua... na sexta de manhã, 22/jun, penúltimo dia, aquela sensação estranha de que a brincadeira está terminando. Mas, ainda muito coisa boa pre curtir.


Nem tomamos café da manhã no hotel nesse dia, deixamos para tomar em nossa primeira parada, a indescritível cidade medieval de Riquewihr. Que pérola de cidade...


Essa é daquelas cidades em que cada esquina, viela, beco te remetem a séculos passados. Amplie as fotos e vejam a riqueza de detalhes das construções, é impressionante.



A cidade tem uma tradição em doces, e que doces... tomamos um café acompanhado de um mil folhas divino.




A torre da cidade do século XI, a Dolder, fica na parte mais alta da cidade e tinha a função de vigia. Logo atrás uma das portas principais onde se pode ver o estrutura que levantava o portão e protegia a cidade, também pode-se ver o portão de ferro interno.

  



Antes de partimos paramos numa das lojinhas de souvenires para levar uma lembrança. Nova surpresa, em uma sala nos fundos da loja eram vendidas antiguidades. Caramba, nessa hora falta coragem, espaço e dimdim pra levar um caminhão de coisas. Eu trouxe um isqueiro francês muito lindo.

Partimos para Alemanha, agora para a cidade de Meersburg que fica as margens do Lago de Constança (também chamado de Obersee, Untersee ou Bordensee em alemão, dependendo da região dele). O  lago está em uma tríplice fronteira, Alemanha, Áustria e Suíça e é alimentado pelo caudaloso Rio Reno.


Outra cidade medieval, sempre dou preferência para elas.



???


Meersburg tinha uma surpresa muito especial para nós. Quando fomos dar uma volta vimos uma placa indicando um castelo e resolvemos conhecer, mas sem muitas expectativas. Ledo engano... Foi o castelo medieval mais espetacular que conhecemos até hoje, e olha que já visitei alguns. Logo na entrada já havia uma placa informando que tudo por lá era original e não réplicas, isso faz muito a diferença. Também estávamos praticamento só nos dois no castelo o que torna bem mais especial.

ponte de acesso e proteção do astelo (vista por baixo)

panorâmica da porta de entrada

Construído pela dinastia francesa dos Merovíngios por volta de 630 dc, foi alvo de inúmeros ataques e história.




  

Essa noite chutamos o balde, como era nosso último jantar comemoramos de forma bem especial. Uma salada de frutos do mar e frios magnífica, depois um peixe e massa pra finalizar. Vinho e cerveja para acompanhar. Tudo muito perfeito.


  

:( último dia, 23/jun, sábado. Tomamos um delicioso café com muitos queijos regionais, depois seguimos para o aeroporto de Munique, nosso voo era somente as 20h50. Mas antes fomos conhecer a cidade de Lindau, ainda as margens do Lago de Constança.




Mesmo com a visita a Lindau a viagem estava rendendo pois as estradas estavam livres, então demos uma parada em outra pequena cidade no caminho para aproveitar e almoçar. Diessen fica as margens do lago Ammersee, quase uma vila. Comida muito gostosa, peixe (truta) do lago da cidade.


  

Chegamos ao aeroporto, abasteci o carro para a entrega e fomos aguardar nosso voo...


Que viagem !!! Tudo perfeito, várias boa surpresas, nenhum estresse... já com muita saudades de lá.